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Academia homologa novos acadêmicos, anuncia comemorações dos 70 anos e discute ativos intelectuais

Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada nesta quarta-feira, dia 28 de setembro de 2022, os imortais da Academia Paulista de Contabilidade-APC homologam a inclusão de 20 novos Acadêmicos na composição da Academia, que passa de 50 para 70 Cadeiras, com os respectivos Patronos.

Como bem frisou o presidente Domingos Orestes Chiomento, ao abrir os trabalhos, a finalidade da Agremiação é “notabilizar os vultos da Contabilidade, tanto do passado quanto do presente”.

Reunião Mensal

Na sequência da Assembleia houve a reunião mensal ordinária, com a mesma linha de pensamento, onde foram apresentados os trabalhos e participações do conjunto de Acadêmicos nos meses de agosto e setembro, em várias Entidades, com destaque especial para a 11ª Semana Paulista da Contabilidade, realizada pelo Sindicato dos Contabilistas de São Paulo-Sindcont-SP, no período de 15 de 21 de setembro, com a presença dos Acadêmicos em praticamente todas as atividades.

Em continuação, o presidente Domingos falou sobre o evento comemorativo aos 70 anos de fundação da Academia, em 25 de abril de 1952, e aos 11 anos de reinstalação, no dia 11 de novembro de 2011, que serão festejados no dia 4 de novembro, na sede do Conselho Regional de Contabilidade, juntamente com lideranças contábeis do País, com homenagens e exposição de temas de grande interesse para a classe contábil. Ocasião em que os novos Acadêmicos tomarão posse e também será distribuído o livro institucional da Academia.

Ativos Intelectuais

Como assunto frequente nas reuniões da Academia, o Acadêmico Charles Holland voltou a falar sobre os ativos intelectuais, enfatizando que o mundo mudou desde 1995, com a entrada da era digital, sendo que hoje tudo é digital. Mas, segundo ele: “A Contabilidade não reconhece ainda a inteligência como ativo, mas é preciso liberar os contadores para explorar a mina chamada ativos intelectuais” ao fazer uma exposição sobre o assunto.

O presidente Chiomento apoiou a iniciativa, enquanto o Acadêmico Irineu De Mula disse sobre a questão “que é bom adotarmos o tema como um estudo técnico que venhamos a utilizar no futuro”. Segundo Irineu, não se deve criticar os organismos internacionais, porque a solução precisar vir em um consenso muito mais universal, sob a responsabilidade do International Accounting Standards Board-IASB.

Também presente à reunião, o Acadêmico Eliseu Martins, elogiou as participações de Irineu e de Charles ao comunicar que está preparando um material para apresentar e discutir no grupo, visto que em sua tese de doutoramento, há 50 anos, já falada de valores humanos, de capital intelectual.

De igual maneira, o Acadêmico Artemio Bertholini comentou que há 20 anos, ao fazer o seu mestrado, também já abordava o tema. “Sou entusiasta da ideia, mas acho que há um campo imenso para prosperarmos com estudos. O problema não é considerar os ativos intelectuais; a grande questão é quanto à mensuração desses ativos”, argumentou.

O Acadêmico Antoninho Marmo Trevisan, também presente à reunião, falou sobre os registros de patentes e as publicações cientificas. “Os cientistas brasileiros, incluindo os contadores, têm enorme capacidade de produzir mas não investem em registrar as patentes, que é o que de fato gera valor para a criatividade. É interessante observar que os bancos não aceitam ativos intelectuais como garantias de empréstimos”.

“O capital intelectual humano se reflete no balanço, mas acho que a grande dificuldade é a mensuração desses ativos”, conformou o Acadêmico Eduardo Rocha Pocetti.

O Walter Arnaldo Andreoli também se posicionou dizendo que “existem empresas que só valem pelos seus valores intelectuais, como é o caso das elétricas, de advocacia, de auditoria, e outras. Portanto, o tema não e apenas contábil, envolve economia, intelecto e contabilidade. O objetivo é valorizar a Contabilidade e os salários da Contabilidade”, disse.

Finalizando, o presidente Domingos Orestes Chiomento agradeceu a todos pela participação no caloroso debate e afirmou que “este deve ser um assunto permanente nas discussões da Academia”.